About

RÉGIS ANTÔNIO COIMBRA, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/RS sob o nº 71.534, residente e domiciliado em Porto Alegre, no apartamento 315 do número 242 da rua Roque Gonzales, bairro Jardim Botânico, município de Porto Alegre, estado do rio grande do sul, CEP 90690-270. Celular 51-92314725.

Agora… do orkut:

Geral.

Superada certa estranheza e mesmo antipatia inicial, sou bastante parecido contigo. Difiro pouco nos objetivos, desejos, medos, embora por vezes bastante nos modos. Qualquer dúvida: é só perguntar. Mas ressalvo que muitos se arrependem de me perguntar pelo que não querem ou não suportam saber.

Alguns me consideram asqueroso e têm lá seus muitos motivos muito legítimos. Enganam-se, no entanto, nas explicações que se cobram a respeito. Não sou malvado, não sou insensível, não sou nem mesmo arrogante, exceto no sentido de insistir em ser autêntico, muito embora também não me orgulhe especialmente por ser o que sou. O problema é que a alternativa – fingir – desagrada-me mais.

Para desespero dos que pensam “bem… pelo menos o Régis não mente”, minto. Imodestamente, é uma de minhas divergências com Kant. O problema (ou solução) é que minto pouco e bem.

Sou divertido. Engraçado. Prestativo. Pessoalmente provoco muitas risadas e manifestações do tipo “és um anjo!” Mas também muito choro e ranger de dentes. A reclamação principal, se a entendi bem, é de que sou “indiferente”. É um equívoco, mas parece que dou a impressão de não me importar “realmente” (aspas porque há algo de metafísico nessa estranheza) com as pessoas. Eu seria gentil pelo conforto que isso me traz. Essa impressão é principalmente falsa, mas tem também um bom fundo de verdade. Apenas penso que não é nada de muito peculiar meu, mas reclamam de mim.

A opinião das outras pessoas me importa. Sofro com a desaprovação alheia e, assim, sofro muito, muito freqüentemente. Mas ninguém nota. Ninguém nem acredita que sofro por isso, pois faço uma força imensa para não me pautar pela aprovação ou reprovação alheia. Levo em conta, muito profundamente, mas não me pauto e, aí, coisas horríveis ocorrem.

O principal problema, se entendi bem os desastres que estou considerando agora, é que não conseguem acreditar que eu esteja dizendo exatamente o que estou dizendo. Procuram outras (e más) intenções, supõe-me irônico ou sarcástico quando estou sendo simplesmente franco. Bom, outro tanto, talvez maior do que gosto de pensar, trata-se simplesmente de eu não ser como esperam, gostam, suportam, precisam. E vice-versa – apenas não sou de reclamar, até porque é exasperadoramente inútil, como deveras me comprovam as inúteis ou mesmo contraproducentes reclamações que volta e meia recebo, radicalmente impossibilitado de atender, salvo mentindo… o que reservo apenas para inimigos e quem considero como irreversível ou ocasionalmente menos do que humano, o que só muito parcimoniosamente faço.

Há quem me considere arrogante. Têm suas razões. Mas modero isso a cada vez que me deparo com um aleijado ou esquizofrênico indigente, pensando, em dois estágios: 1)poderia ser eu assim; 2)poderei ficar eu assim.

Identifico-me deveras com heterônimo Álvaro de Campos, de Fernando Pessoa, notadamente nos poemas “Na tabacaria” e “Poema em linha reta”. Mas alguns me reclamam Príncipe ou alienígena, ou como o Hannibal Lecter. Há muitos anos uma amiga me disse achar muito parecido com o Meursault de “L’étranger”, de Camus, o que explicitou o quanto minha empáfia equivoca quem me tenta rotular.

RESUMO: Sou estóico e, no bom sentido, cínico. Sou neoliberal e democrata na linha de Churchill ou Aristóteles (a democracia é o menos pior). Ah! sou muito simpático e agradável… depois que as pessoas se acostumam comigo. Trato bem a todos, mas nem todos concordam com isso. Sou sério, mas não grave. Sou franco e muitos pensam que sou irônico porque não acreditam que lhes digo o que efetivamente lhes digo, do modo que digo.

ABSTRACT: I am a stoic (one who values self control and moderation) and a cynic (I think humans – me included – are more like dogs than we usually suppose). I am a neoliberal (social democracy is bad, but socialisms are worse) and a “democrat”, like Churchill or Aristotle (democracy is the preferable evil). I’m a good guy and I’m gentle to everybody, and I say that without irony or sarcasm. But many disagree with this self evaluation of mine. I am serious, but jovial too.

Deixe um comentário